segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Catarinense dará aulas a policiais chineses


Catarinense dará aulas de defesa pessoal e tiro a policiais chineses

Tony Eduardo é o único brasileiro que teve acesso à academia de polícia de um dos países mais fechados do mundo

Catarinense dará aulas de defesa pessoal e tiro a policiais chineses Charles Guerra/Agencia RBS
Tony começou a lutar com 11 anos e a atirar com 12Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Até hoje, um único brasileiro teve acesso ao restrito círculo da academia de polícia chinesa. Tony Eduardo de Lima e Silva, um catarinense de 31 anos foi quem conseguiu o feito.

Ele recebe, em setembro, o coordenador da polícia da China, Jiu Sun Yong, para treinamento de tiro e defesa pessoal na Capital. As aulas serão na escola de tiro da família, a .38, fundada há 20 anos pelo pai de Tony e até hoje é a única no Estado.

No ano passado, ele treinou os professores da academia de polícia da China nas técnicas do jiu-jítsu. Os guardas de rua não usam armas de fogo, e as técnicas de defesa e neutralização de um transgressor repassadas pelo mestre Tony seriam a grande solução para profissionais que, muitas vezes, rolam no chão e não conseguem se livrar de cidadãos infratores e inoportunos.

– Fico feliz em saber que minhas técnicas vão ajudar aqueles profissionais e outros moradores, pois lá é muito comum briga de rua, confusões e, com jiu-jítsu, o domínio é facilitado – comenta.

Fazer treinos e reuniões durante refeições foi outra forma de conquistar ainda mais a confiança e a admiração dos policiais chineses. Segundo Tony, eles negociam e consomem bebidas alcóolicas ao mesmo tempo, pois acreditam que, assim, se manifestam com mais sinceridade.

Tony está em contato com os chineses desde 2008, em Shangai. Com um amigo executivo, investiu numa academia onde o coordenador conheceu o trabalho dele.

– Este meu amigo de Orlando (EUA) montou a academia e me convidou. A ideia deu tão certo que, desde então, ele largou os negócios nos EUA para cuidar somente da empresa na China.

Treinos para tropas de elite 
A paixão pelos esportes de luta e tiro que herdou do pai – que montou a escola de tiro há 20 anos, que ele e o irmão administram – garante o potencial técnico e a competência precisa a Tony Eduardo. 

Ele começou a lutar com 11 anos e a atirar com 12. Fez educação física na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, há mais de 10 anos, começou a viajar para fazer treinamentos e iniciar alunos. Nesse período, morou em cinco países, a maior parte do tempo nos EUA. 

– Estive em mais de 10 países para ministrar seminários e treinamentos para todos os tipos de alunos, de executivos a lutadores do UFC, e policiais de elite e militares de várias partes do mundo, como SWAT, Army Rangers, Navy Seals, entre outras. Visitei países árabes em conflito, e treinei uma equipe do exército norte-americano nos EUA e em outros países. Aprendi muito enquanto ensinava e tinha contato com culturas tão diferentes.
Confira a reportagem com Tony Eduardo.
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