ARMAS X
ATIRADORES*
“Armas não matam pessoas.
Pessoas matam pessoas”, diz um ditado norte-americano da década de 60, de
autoria desconhecida.
Foi adotado pela Escola de Tiro
.38, pioneira em Santa Catarina no ensino de técnicas de tiro desportivo e de defesa,
na sua criação.
Quem mata alguém, excetuando-se
as excludentes de ilicitude previstas em nosso Código Penal, quais sejam: a legítima
defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento de dever
legal e o exercício regular de direito, é um criminoso e não
um atirador.
Atirador é um atleta que, como
em outras modalidades esportivas, treina, se empenha, priva-se do lazer, evita guloseimas
e determinadas bebidas visando uma melhor nutrição. São escolhas que requerem
muitas renúncias, logo, não é correto e nem justo chamar um criminoso de
atirador!
O esporte do Tiro foi o que deu
ao Brasil sua primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Guilherme Paraense,
nosso herói esquecido, conseguiu tal vitória em 1920, na cidade de Antuérpia,
na Bélgica. Para termos uma idéia do significado de tal feito, citamos o
futebol brasileiro, com diversos títulos mundiais, mas nunca foi
campeão numa Olimpíada!
O Barão de Coubertin,
intelectual e educador francês, que idealizou os Jogos da Era Moderna em 1896,
era atirador!
Portanto, rogamos aos redatores
que usem as denominações corretas, pois acreditamos que não gostariam de ver
divulgado que alguém que tenha cometido um crime usando uma máquina de escrever
ou um computador, como
sendo escritor, jornalista ou redator!
*Texto de 1992, escrito por Dr. Tim Omar no ano em que fundou a Escola de Tiro .38.
Walter, Dr. Tim, Giovanni e Dr. André (Fraiburgo, SC 2006)
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