Nos dias 18 a 20 de Maio de 2012 na ciudade Blumenau /SCserá realizado o XXV Campeonato Brasileiro de IPSC e a II Etapa CONESUL.
O Clube .38 estará presente com seus competidores.
Maiores informações no site http://cbtp.org.br/braipsc/
quarta-feira, 9 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
O COMEÇO DE UMA PAIXÃO
Tive a grata surpresa de ter lido essa matéria no site do grande atirador Guga Ribas. Aqui no Blog publicamos uma matéria no dia 12 de outubro de 2011 sobre Noções Gerais de IPSC porém a mesma não era voltada diretamente aos interessados em inicar a prática do IPSC e, com a devida autorização do grande amigo Guga Ribas o blog publica essa excelente matéria
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O COMEÇO DE UMA PAIXÃO
Publicado em 26/04/2012 por Gregório Bandeira de Mello
O início no tiro prático não é dos mais simples, mas também não
é nenhum bicho de sete cabeças. Novos atiradores, com frequência, se
assustam ao perguntar o que é preciso para começar no esporte. Porém,
provavelmente, o maior problema seja justamente a falta de informação. É
verdade que o iniciante leva um tempo até se habilitar e estar apto
para competir, mas esse período de espera é, na maioria das vezes, o
mesmo que alguém sem experiência precisa para aprender o mínimo
necessário para iniciar neste esporte.
- Um iniciante demora, em média, seis meses para conseguir a
documentação necessária para começar a atirar com armas de calibre
permitido. Este tempo varia de acordo com o estado em que a pessoa
reside. Durante o período de espera, o novo atirador deve procurar um
clube ou instrutor para fazer um curso preparatório. A Confederação
Brasileira de Tiro Prático capacita instrutores para oferecer cursos de
iniciação ao esporte – comenta José Luiz Medeiros, presidente da
Federação Espírito Santense de Tiro Prático.
O tiro prático exige muito dos atletas, principalmente no quesito
segurança. O esporte tem regras rígidas que precisam ser estudadas com
atenção e compreendidas completamente. Os mais experientes, inclusive,
procuram orientar os novatos sobre estas questões. Como diz a cultura
popular, nada que é bom vem sem sacrifício. Mas o esforço para começar a
atirar é recompensado pelo esporte apaixonante que os iniciantes
encontram, com um ambiente único que valoriza, principalmente, o
respeito e a cooperação.
- Por ser um esporte que lida diretamente com armas de fogo, é normal
que tenha uma legislação mais rígida. É uma etapa chata pela qual os
iniciantes precisam passar, mas necessária. Vale a pena, porque o
esporte é incrível. E todo este processo faz com que os atletas criem um
respeito pelas regras e se tornem disciplinados tanto no esporte quanto
na vida – afirma o atleta Guga Ribas.
Primeiros passos
Assim como ocorre com qualquer outra atividade, o primeiro passo é
estudar um pouco sobre o assunto. Nesta fase inclui-se uma visita a um
clube de tiro, pois só assistindo uma competição e entrando em contato
com o ambiente de um local de provas é possível entender o esporte.
Somente assim o iniciante poderá ter certeza de que quer entrar para o
universo do tiro prático.
O iniciante também deve experimentar. Afinal, como se pode começar em
um esporte sem nunca o ter praticado? Antes de passar por todo processo
burocrático, deve-se ter atirado pelo menos uma vez. Alguns clubes e
atletas oferecem cursos com as próprias armas, o que possibilita alguém
que não tenha o equipamento a treinar. Em várias regiões dos Estados
Unidos, por exemplo, isso é muito comum. Qualquer pessoa pode ir até um
clube, alugar uma arma e passar o dia atirando sem possuir nenhuma
habilitação. Mas sempre orientado de maneira correta por um
profissional.
Nos clubes, além de poder ver de perto como o esporte funciona, o
iniciante também tem contato com atletas mais experientes, a quem podem
pedir conselhos sobre qual é a melhor maneira para começar. Participar
de competições organizadas por clubes com armas de calibre permitido
pode ser um bom caminho para começar. No entanto, provas organizadas
pelas federações e confederação são exclusivas dos atiradores filiados.
Logo o iniciante terá que passar por este processo para poder competir e
participar do ranking nacional.
Para começar a competir o interessado terá que se registrar junto ao
Exército Brasileiro como atirador. Assim, poderá comprar armas tanto de
calibre permitido quanto restrito. Uma vez registrado no exército, o
atirador também poderá solicitar a emissão de Guias de Tráfego, com as
quais estará apto a transportar armas e munições para os estandes de
tiro e locais de competição. Vale ressaltar que entende-se como trânsito
de armas a não possibilidade do dono do equipamento fazer uso imediato,
ou seja, a arma precisa estar em um local de difícil acesso e separada
das munições.
Toda essa documentação pode ser adquirida diretamente pelo
interessado, ou através de um despachante. Esses contatos podem ser
encontrados nos próprios clubes ou pela indicação de atletas mais
experientes.
Como comprar a primeira arma
Existem várias opções de armas competitivas, tanto nacionais quanto
importadas. Elas podem ser divididas em dois grupos. As de calibre
permitido – até 380 – e as de calibre restrito. No tiro prático existem
duas divisões – Ligth e Revólver – que possibilitam que os atletas
atirem com armas do primeiro grupo. Para as de calibre restrito existem
quatro possibilidades: as divisões Open, Standard, Production e Classic.
- É fundamental que o atleta já saiba em qual divisão irá competir
antes de comprar qualquer arma. Após um ano participando de competições
com armas de calibre permitido, já se pode ter uma ideia sobre todas as
modalidades e qual o custo para competir em cada uma delas. Na divisão
Open, por exemplo, gasta-se entre sete e dez mil reais em uma arma,
podendo ir até dezesseis mil reais em uma usada – diz Medeiros.
Existe mais um adendo em relação a quem está habilitado a comprar uma
arma: a idade. Além dos requisitos necessários para poder obter um
certificado de atirador, como ter residência fixa e não estar
respondendo a inquéritos policiais, o atirador precisa atingir a
maioridade no esporte.
- A lei não permite que atiradores menores de 25 anos tenham uma arma
em seu nome. Ela precisa estar no nome de outro atirador. No caso dos
atletas menores de 18 anos, os responsáveis legais precisam pedir uma
autorização judicial. O documento tem validade de dois anos – comenta o
atirador Roberto Neto, de 16 anos.
Após a escolha da arma é necessário entrar com um pedido de compra
junto ao exército, onde deverão constar todos os detalhes da arma e o
local de aquisição. Algumas exigências precisarão ser cumpridas nesta
etapa, entre elas passar no exame psicotécnico e pela avaliação de um
instrutor de tiro credenciado. Outro detalhe importante existe em
relação às importações de produtos controlados. Elas dependem de uma
licença prévia do Exército, com validade de seis meses a partir da
aprovação do requerimento.
Como começar a competir
Um atirador pode optar por se associar a um clube e competir apenas
naquele local. Outra opção é filiar-se à federação de seu estado. Deste
modo irá participar do ranking estadual e poderá participar das provas
organizadas pela sua federação. Mas, caso queira competir em mais de um
local, a melhor opção é confederar-se. Assim, terá maior facilidade para
conseguir as guias de tráfego, além de poder participar de provas em
todo o país.
Vale ressaltar a obrigatoriedade de estar sempre em posse das Guias
de Tráfego para o transporte de armas e munições. Caso tenha mais de uma
arma, é necessária uma guia para cada uma delas. Com o documento o
atirador também ganha o direito de transportar até 500 munições de cada
arma. Em casos especiais, este número pode aumentar.
Manutenção do equipamento e aquisição de munições
Alguns clubes de tiro prático fornecem munição para treinamento no
local – sempre no calibre correspondente à arma registrada e na
quantidade estabelecida por lei – até que o atirador consiga uma
autorização para recarga. É importante ressaltar que a atividade de
recarga de armas de fogo não é um procedimento simples e que pode causar
sérios danos, caso feita de maneira precipitada.
Mas, com o tempo o atirador percebe que fabricar a própria munição é
bem mais barato. Quando chegar esta hora, será preciso entrar com um
requerimento para o apostilamento da atividade de recarga. Após o pedido
ser autorizado, o ideal é fazer um curso e pedir orientação a
atiradores mais experientes antes de adquirir todo o equipamento
necessário. Muitos clubes de tiro dão cursos de recarga.
- De início, um novo atirador tem um gasto alto para adquirir todo o
equipamento necessário. O ideal é optar pela compra de equipamentos de
boa qualidade desde o início. Apesar de serem mais caros, duram mais
tempo. Logo, o gasto com manutenção é menor – comenta Medeiros.
Desafios
Burocracia, regras rígidas e preço dos equipamentos são todos
obstáculos que podem ser ultrapassados com facilidade. Talvez o maior
desafio a ser enfrentado pelos atiradores esportivos seja o preconceito.
No Brasil, armas de fogo estão diretamente associadas à violência e
isso acaba afastando muitas pessoas do esporte.
Ao assistir a uma competição de tiro, no entanto, percebe-se que o
cuidado dos atletas e a precaução são altíssimos e que o esporte nada
tem a ver com violência. Os atletas de tiro prático estão entre os mais
disciplinados entre todas as modalidades esportivas. Assistir a uma
competição de tiro prático também é empolgante. O raciocínio rápido, as
habilidades, a percepção dos detalhes e as estratégias são alguns dos
ingredientes que tornam o esporte uma atividade emocionante.
A parte burocrática sempre vai existir, talvez no início de forma um
pouco mais maçante. Mas, uma certeza os iniciantes podem ter. Eles
ficarão satisfeitos com o ambiente que encontrarão tanto nos clubes
quanto nas competições de tiro prático. Valores raros de serem
encontrados hoje na sociedade ainda se mantêm neste esporte que é, por
muitos, criticado. São os casos de solidariedade, respeito, dedicação e,
sobretudo, paixão pela prática esportiva.
Texto retirado do site Guga Ribas .
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